Um dia descobrimos que nem sempre a vida é convergentemente necessária aos nossos propósitos. Sonhamos acordados e sem querer criamos asas para ir além do que almejamos. Sonhos, desejos, tudo se perdem e se confundem como dias que passam lentamente ao invés de estarmos ao lado das pessoas que estão distante e que nos faz feliz. Traduz-se na tão misteriosa “Saudade”. Sim, a saudade de sentir, de tocar, de amar...A saudade de viver ao lado, de estar em comunhão. Há sempre aqueles que nos deixam uma marca. A marca da distância, o toque leve de olhar. Mas, que jamais serão perdidos. Que mesmo quando nos perdemos pelo caminho há uma mão distante e uma voz a dizer: Amigos para sempre!!!
Sim, é o que sinto. Saudades e mais saudades. Saudade de alguém que ficou, que não pode acompanhar-me em minha partida, porém que estará sempre vivo dentro de mim, que não ficou só, mas que trouxe-me um beijo a alma que de tão distante abrigou-se nos braços da solidão.
Meu olhar às vezes se perde. Minhas mãos perderam parte do toque, mas a esperança é a única que insiste em procurar o desejo cognitivo mais puro. O coração vazio é o que me resta, pois nem sinto mais frio...sinto apenas o meu coração. E, estranho-me em ter partido e deixado a única voz que não se cala: A voz da alma.
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