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Posted by Alan on 10:47 AM


Palavras, versos, contestações... Um dia apenas e isso tudo torna-se perceptível diante daquilo que não queremos enxergar. Eu sempre me aproximei da verdade e evitei enxergá-la. Evitei caminhos que poderiam ter me ajudado na superação das minhas próprias loucuras. Loucuras, quem de nós não temos as nossas? Somos loucos em potencial. Vivemos cada dia soprando um ar de desconfiança sobre o destino, sobre o que o futuro nos resguarda. Aprendemos que a vida não é um contrato de superação, mas que torna-se uma superação de contratos. Ainda assim, percebemos que por mais pessoas que estão ao nosso lado, acabamos tendo a solidão como amiga verdadeira de todas as horas...Sabemos que as pessoas passam por nossas vidas em momento único e que devemos aproveitar esse instante para matar toda a saudade que nos rodeiam, mas que logo elas desaparecem deixando a dor da perca mais uma vez.
Alguns contestam a beleza da vida, outros a tristeza da morte... Eu apenas finjo não entender muito bem o que se passa evitando que minha loucura se torne maior do que o esperado. Um sorriso sem graça aqui, outro ali, tudo é motivo de distração quando o que procuro é apenas um canto deserto onde a própria alma padece.
Fixo meu olhar em direção ao desconhecido, rumo ao meu próprio algoz. Sorrindo, como um guerreiro indo à busca da própria morte caminho nesta estrada que aos poucos vai me mostrando que estou desarmado e que agora é tarde demais para voltar. O destino passou a tornar-se certo e dúvidas dos dias que se aproximam já não são mais traidoras. São agora certezas de que o passado já era e o amanhã não me pertence mais. É com isso que acabo concluindo que o prazer é tão curto e o esquecimento longo demais. Que a vida não é meramente um fator de merecimento ou de observâncias. É uma guerra que não temos a mínima chance de escapar, de escolher nosso triunfo ou derrota....Não podemos decidir sobre nosso campo de batalha, nem sobre nossos adversários, pois acabamos por descobrir que nosso maior adversário é o desejo de ser feliz. Um desejo que parece inócuo, mas que traz a tristeza de saber que ali você esta marchando para a guerra. E o pior: desarmado!
Alan Baloni

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2 Comments


Humm.. ainda não tinha comentado neste texto. Lembro que a primeira vez que o li achei muito interessante, reflexivo, mas também muito vitimador. Às vezes a gente tem a certeza de que está só, que caminha só, que na vida só se tem a si.. e só!
Mas pensando bem, vou ser realista comigo mesmo, com o resto mundo: cada um é que se condiciona à sua solidão(!). Armo minha cintura com adagas e espadas. Carrego comigo meu escudo. Nada disso é defesa; tudo é ataque. "Suma!". "Você? Não, não... Desapareça!". "Não estou com vontade". "Não admito". "Está errado". "Mentira dele!". "Isso não existe!" E assim se caminha fingindo que a solidão é de fora para dentro, quando surge, cada vez mais, de dentro para fora...
É fácil viver em um mundo protegido, criado pela mente, que me matém longe de todos os "perigos". Difícil é quando as máscaras caem e me surpreendo completamente desarmado, desprotegido. Aí, sim, há guerra; aí, sim, há vida.


Show!
Descobri este espaço hj!!!!

Seja Bem Vindo!!!!

Seja bem vindo ao meu mundo particular. Sonhos e pesadelos se confundem em
meu leito que agora pairam entre meus medos...

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