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Auto-Retrato

Posted by Alan on 8:34 PM
A noite cai...
Uma vida vai se perder
O revólver, a agonia
O veneno...Tudo pode acontecer
Rosas esperam em algum lugar
Está muito frio, sombrio
Ouço o som triste do piano
Vozes murmurando...
Da janela espero o que foi perdido,
O vazio, o tudo...o nada.
O passado não me fascina
O futuro não me prende a atenção
Como mamãe me dizia:
Terra alheia não é morada
E braço alheio não é travesseiro...
Não há porque chorar,
Nem motivos para cantar
Vejo gente triste nas calçadas,
Feito despeito de não ter algum lugar
São como a vida que a morte não pode enganar...
Sinto cheiro de mofo, cantos mórbidos
O silêncio não é mais o mesmo
A vida é onda nua...
Sangue derrama por toda parte,
Nos olhos apenas a lágrima que em instantes deixou
A voz suave já não geme, nem o espírito pede abrigo.
Procuro o infinito... Quero tocar as estrelas...Quero ver o sol.
Se na noite que some, me consome e no dia padeço
Nunca é tarde para um corpo perdido, que nunca encontra abrigo
Na calçada sozinho estou estirado para que nunca amanheço...
É a vida no fim, a história acabou, o amigo esqueceu
É um homem desconhecido que nunca encontrou seu apogeu...
É a lágrima, o tributável, o inevitável...
É a dor, o terror, o deplorável...
È ninguém mais... SOU EUUUUUU!!!!!

ALAN_BALONI

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UMA POUCO DO DIA DE HOJE

Posted by Alan on 12:25 PM
Dias e noites passam-se diante de mim, estou correndo contra o tempo. Sabe, é tudo tão confuso; já não sei mais o que quero, parece que essa tristeza não tem fim, que meu mundo tornou-se um caos onde os desejos ficam caóticos e insolúveis.
Em mim construi o meu próprio algoz, o meu próprio destino. Talvez não exista ajuda e, diante disso, não sei mais o que fazer!
Queria tanto que eu tornasse-me criança novamente, que eu nunca tivesse crescido. Crescer foi como se alguém tivesse destruído em mim todo um sorriso, todo um desejo que transformou-se em sangue venenoso que desce sobre o meu corpo aberto em chagas.
As coisas me parecem tão imundas que nem se quer sei chorar. Sufoco em mim o sentimento mais profundo com medo das pessoas. Lutando contra tudo isso venho querendo encarar os fatos; tento, mas é só de vez em quando. E isso dói, fere mais que se eu pegasse um revólver e colocasse em minha cabeça, e ali apertasse o gatilho, mesmo sabendo que o meu tempo seria escasso.
Acho que o que quero não é pedir demais: só um pouco de paz, de autonomia para sonhar, sorrir e chorar quando quiser. E quando me ver só, poder seguir o meu mundo sem medo das pessoas, sem medo de um dia não ter tido uma família...
Gostaria de agora ter alguém com quem eu pudesse conversar e soltar toda essa tristeza que sinto, ter um ombro amigo para chorar e desabafar-me.
É, infelizmente, penso que meu lugar não é aqui, e não sei se um dia qualquer cuspido no futuro poderei me encontrar; achar novamente aquele garoto que tanto brigou com o mundo e nada pode fazer para ele melhorar. Um garoto de fantástica imaginação, sem problemas e sem precisar escrever para conter suas lágrimas, para isolar o seu "eu", os seus delitos, para um dia poder gritar: "- Eu quero apenas viver os sonhos..." ou então morrer falando baixinho: "- Deus, Deus, somos todos ateus !"

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Os pensamentos são livres

Posted by Alan on 5:02 PM
Die Gedanken sind frei

Os pensamentos são livres!
Quem pode adivinhá-los?
Eles passam voando
Como sombras da noite.
Ninguém pode sabê-los,
Ninguém pode atingí-los,Não há como mudar:
Os pensamentos são livres!
Eu penso o que eu quero,
E tudo o que me agrada,
Mas tudo em silêncio
Sem chamar a atenção.
Meu desejo e meu anseio
Ninguém pode impedir.
Não há como mudar:
Os pensamentos são livres!
E se eu for aprisionado
No mais sinistro calabouço,
Tudo isto será obra
Inútil e também vã;
Pois os meus pensamentos
Partem os grilhões
E os muros em dois:
Os pensamentos são livres!
Por isto para sempre
Deixarei de lado preocupações
Deixarei de lado para sempre
Os meus temores
Pois no coração sempre
Será possível rir e ser alegre
E ao mesmo tempo pensar:
Os pensamentos são livres.

Karl Marx.

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Posted by Alan on 4:16 PM
"Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só." - Amir Klink

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Posted by Alan on 2:25 PM
" Tristes tempos os nossos. É mais fácil desintegrar o átomo que um preconceito". (Albert Eisntein)

Por alguns instantes hesitei no que falar ou escrever de útil, já que de inutilidades os meus ouvidos e percepções já estão cheios.Nos últimos dias tenho escutado relatos hediondos sobre o preconceito. Pessoas atacando as religiões afro-descendentes, judeus, mulçumanos entre outros.Sei que o preconceito existente, na maioria das vezes, está relacionado a motivos alheios à fé. Satisfaz o ego de muitos e supre a necessidade dos famosos “Caça Dízimos” existentes. Alguns até julgam-se “salvadores da alma”. É incondicional que esta doença esta se propagando muito rápido em nossa sociedade. A intolerância religiosa parece voltar a época da “Santa Inquisição”, onde poderemos todos sermos queimados pela idolatria, pelo que defino de “prostituição religiosa”, e isso configura um retrocesso, uma soberba de uma sociedade que a hipocrisia e a demagogia imperam. Uma sociedade antiética, indiscutivelmente arbitrária e sistematicamente capitalista. É preciso dar um basta a esse tipo de preconceito para não sermos mais uma Irlanda ou país muçulmano atacado pelos EUA. Todos criticam muito a ideologia americana, mas acabamos por praticar os mesmos erros, pois não somos capazes de rever nossos conceitos. É essa incapacidade de rever conceitos que vou chamá-lo aqui de PRÉ-Conceitos, ou seja, conceitos previamente estabelecidos, algo que foi nos determinados e sobrepostos e não temos a coragem de estabelecer novas regras, novas atribuições.Hoje, antes de vermos o lado religioso, declarar guerra ao nosso próximo, vamos ser mais HUMANISTA, menos incoerente, agir com um pouco menos de impetuosidade. O sentido da fé não é destruir, mas aproximar. Aproximar-se de um criador, de um ser dotado de razões, com caráter acolhedor, puro, sensato e acima de tudo justo. Não um ser devastador, presunçoso, cheio de ira e de ódio, um ser capaz de “lançar a espada” sobre sua criação, e que o seu ódio comedido é capaz de julgar sem ressentimentos, sem misericórdia, um Deus tirano que faz os filhos pagarem pelos pais, que se revigora com o sangue de uma sociedade. Preocupamos-nos tanto em falar de quebras de paradigmas, em uma sociedade menos dispendiosas, mas ainda estamos vivendo os dias do comercio da fé, os dias em que a própria fé é o que destrói. E diante disso tudo, viramos as costa e preferimos acreditar no mundo do nosso jeito. Assim é mais fácil, satisfaz nosso ego, mas os oprimidos continuam lá... Os judeus morrendo e massacrados aos montes, os negros se escondendo, cultuando santos católicos por não poderem dizer axé ou louvarem seus orixás, os mulçumanos entediados e emudecidos. Todos eles perdendo sua identidade cultural. Fingimos não ver nada disso. Só falta fazer vista grossa também para os nazistas, anti-semitas, anti-homossexuais, anti-mulheres e crianças... Aliás, Hitler já sabia disso. Que Deus nos ajude...

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Posted by Alan on 2:23 PM
A vida continua sempre a minha frente. Quero viver intensamente, cantar meus versos, rever velhos amigos e os novos sejam sempre bem vindos...Estarei sempre a procura do meu verdadeiro algoz...

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Auto-Retrato

Posted by Alan on 2:21 PM

Hesito em falar daquele que aparento ser, pois seria necessário descobrir quem realmente sou. Em um mundo de grandes limitações não me vejo interiorizado nos ventos que sopram para o norte, nem tampouco nos barcos velejantes que se destinam ao sul. De toda teoria prosto-me a contestação, ao imenso oceano do desconhecido que atravessa todas as objeções e exceções à regra. Recrio atitudes e palavras e nas mesmas criações desprezo o comum, o tributável, o cotidiano. Apresento-me em contradições, todavia se julgo necessário deleito no exato e me disperso no concreto. Não nasci para brilhar, afinal não sou purpurina, nem letreiro de motel e muito menos outdoor de anúncio de refrigerantes. Nasci para ser quem sou: homem, insano, profano, mistério, sutil, hostil, feliz, triste, utópico, amante, eremita dos dias meus. Nasci do sonho. Após eu, não haverá mais ninguém. Mas, é nosso destino...Sempre pergunto-me se alguém estará por perto se a chuva cair ao saber que um simples sonho não será mantido. Nenhuma chuva poderia chorar como eu chorei. Eu sou uma criança tão longe de casa.
Um a um, os céus desabam, eu posso não acordar. A história está tecida. As sortes estão ditas, a verdade é medida pelo peso do seu ouro. A mágica se dispersa sobre tapetes no chão e a fé é contemplada no som do mercado à noite.
Alguns dizem que uso máscaras...Você não gostaria da minha máscara? Não gostaria do meu espelho? Nem sempre gostamos de espelhos....Eles refletem a realidade, refletem a alma que muitas vezes esta obscura, atônita pelo preço da verdade. Serei algo disperso daquilo que me consome, dos amores que tive e das tristezas que levei. Amores??? Quão grande significado. Amar parece algo tão simples, quando na verdade se esconde atrás de tristes dias ou mesmo em demagogias essenciais a existência, como o próprio conceito de felicidade. Seria amar algo inerente ao homem? O que reluto é na rivalidade deste com a própria consciência. Uma consciência túrgida devastada pelo egoísmo, pela frustração do comum, do social. Abatida pelo próprio acaso, pela harmonia entre o desejo e o real, mas que é a causa do mal do século, a solidão. Sou parte disso e não posso negar o que me consome, o que me envaidece. Sou o que sou e não o que desejo, o que quero. Por muito tempo fui sonho, hoje sou real e cabe a você encontrar as respostas. Faça as perguntas. Deixe-me dançar, deixe-me cantar. Eu cavalgarei até a lua encontrar o mar.


"Alan Baloni"

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Seja Bem Vindo!!!!

Seja bem vindo ao meu mundo particular. Sonhos e pesadelos se confundem em
meu leito que agora pairam entre meus medos...

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