Um dia disse Chico Buarque: "Minha vida é um rascunho". Eu pensei que que a minha já estava passado a limpo, mas percebi que ela ainda esta em folhas de caderno que venho subscrevendo a cada dia. Por hora, uma nova linha, novas palavras, as vezes meio borrado por não ser bem apagado, contudo parece sempre estar sendo rascunhada. Um a um, pouco a pouco, recrio novos detalhes, novos caminhos, até meio tortuosos, mas que não os deixo fora dos meus scripts. A sorte quase sempre é apagada desse rascunho, sempre involuntária aos meus versos. Um, dois, três minutos quaisquer surpreendem-me sobre o que sinto. Saudades, alegrias, tristezas, sonhos e delitos são rabiscos que não os deixo apagar nunca, isso porque oposição é sinal de rivalidade e onde há rivais há sempre uma guerra e, que vença o melhor! Talvez eu nunca tenha chances de passar tudo isso a limpo...Talvez eu não diga o que significa meus rascunhos. Contudo, o que eu senti só a mim perteceu, meus segredos mais ocultos, meu cântico suave de melancolia, meu sorriso cínico, minha inconstancia sincera. E na longa estrada sigo sempre com a vida a tira-colo, com o mundo pela cabeça... Uma vida em rascunho, sem tempo de passar a limpo.
Um dia disse Chico Buarque: "Minha vida é um rascunho". Eu pensei que que a minha já estava passado a limpo, mas percebi que ela ainda esta em folhas de caderno que venho subscrevendo a cada dia. Por hora, uma nova linha, novas palavras, as vezes meio borrado por não ser bem apagado, contudo parece sempre estar sendo rascunhada. Um a um, pouco a pouco, recrio novos detalhes, novos caminhos, até meio tortuosos, mas que não os deixo fora dos meus scripts. A sorte quase sempre é apagada desse rascunho, sempre involuntária aos meus versos. Um, dois, três minutos quaisquer surpreendem-me sobre o que sinto. Saudades, alegrias, tristezas, sonhos e delitos são rabiscos que não os deixo apagar nunca, isso porque oposição é sinal de rivalidade e onde há rivais há sempre uma guerra e, que vença o melhor! Talvez eu nunca tenha chances de passar tudo isso a limpo...Talvez eu não diga o que significa meus rascunhos. Contudo, o que eu senti só a mim perteceu, meus segredos mais ocultos, meu cântico suave de melancolia, meu sorriso cínico, minha inconstancia sincera. E na longa estrada sigo sempre com a vida a tira-colo, com o mundo pela cabeça... Uma vida em rascunho, sem tempo de passar a limpo.
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CARTAS
Palavras, versos, poemas, vida... Ainda vivo, ainda sinto e nada além disso, apenas lagrimas e sorrisos se unindo na procura de abrigo. Por que escrever? Por que pensar? É tão estranho quando tudo parece acontecer nas linhas tortas e muito vagas que escrevo. Faltam palavras, faltam rimas, versos fogem-me a memória. Nem tudo é coerência, mas a verdade é que essas cartas estão entregues ao acaso, a um mundo de despedidas e saudades. Um mundo sem limites, fermentado pelo meu cálice que transborda sonhos e desejos. Que estas cartas tenham sempre uma história para contar, sempre um lagrima para derramar e um sorriso para mostrar, isso porque assim saberei que elas serão lidas e jamais esquecidas
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Estranho Destino
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A dança da Solidão
É bem verdade que a vida nos revela surpresas. Às vezes sonhamos em ir longe, achamos que para ser feliz é necessário tocar o céu. Ir além das nuvens. Descobri que nem sempre é preciso tudo isso. A felicidade pode estar sempre dentro de nós, basta um despertar para o mundo. Outonos, invernos, primaveras, tudo pode resplandecer seu brilho dependendo apenas do referencial. Ah! A vida não pára mesmo. Estou aprendendo que “acontecer” é preciso. Se mais na frente estiver errado sei que não custa nada voltar e recomeçar. Recomeçar os sonhos, os dias a minha maturidade. Penso que nem sempre estarei pensando nas alegrias, mas o hoje é suficiente para eu acreditar. Sim, eu acredito. Isso é importante. Não acredito em demasia nem de menos. Creio o suficiente para acordar e saber que um dia posso realmente ser feliz...Embora do meu modo simples de ver o mundo, mas entre loucuras e abstrações buscar um sorriso. Sempre optei por lutar, afinal sou fruto de uma luta pela sobrevivência. Nasci brigando com o mundo...Uma briga por vezes desleal, mas que sempre consigo me erguer e estar firme novamente esperando uma nova batalha. Parece loucura. Sim, loucura, uma diferença daqueles que param no meio da estrada e contemplam os dias passarem. Sou louco com todo o direito a sê-lo.Tenho meus desejos mais abstratos e é nesses desejos que sei até aonde vão minhas limitações. Não sou fruto do bem estar da vida, do senso comum, da sorte e nem da normalidade social. Sou resultado do sofrimento, da guerra, da esperança de um belo sorriso. Nasci das etéreas abstrações, da concepção vulgar do desejo, do mito. Nada foi fácil em meu caminho e nem creio que um dia será. Acostumei-me ir alem do que posso, pois o que posso é muito pouco. Não me fuzilem com esses olhares pseudo-intelectuais, nem me digam de estéticas e sentimentos. Alias, de sentimentos vocês realmente não conhecem nada. A história esta tecida, a alma corre contra o tempo e na valsa da solidão me desarmo esperando o adversário. Já sei lutar sem armas. É necessário chorar sem lágrimas. Um anjo não pode sentir medo, um pássaro não desiste de voar, eu não posso mais parar. Ficarei até sem abrigo e sei que isso pode induzir-me ao vazio. Nunca mais terei porque deixar de dizer que vivo, no entanto, também não deixarei a morte que sempre a vi com bons olhos. Afinal, minha dor, meus pesares, sonhos e desejos são algo que não há porque deixa-los para trás. Ninguém nunca soube deles, ao menos se importaram. É razão pela qual a dança da solidão me fascina, foi a única dança que aprendi de verdade.
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Auto-Retrato
Uma vida vai se perder
O revólver, a agonia
O veneno...Tudo pode acontecer
Rosas esperam em algum lugar
Está muito frio, sombrio
Ouço o som triste do piano
Vozes murmurando...
Da janela espero o que foi perdido,
O vazio, o tudo...o nada.
O passado não me fascina
O futuro não me prende a atenção
Como mamãe me dizia:
Terra alheia não é morada
E braço alheio não é travesseiro...
Não há porque chorar,
Nem motivos para cantar
Vejo gente triste nas calçadas,
Feito despeito de não ter algum lugar
São como a vida que a morte não pode enganar...
Sinto cheiro de mofo, cantos mórbidos
O silêncio não é mais o mesmo
A vida é onda nua...
Sangue derrama por toda parte,
Nos olhos apenas a lágrima que em instantes deixou
A voz suave já não geme, nem o espírito pede abrigo.
Procuro o infinito... Quero tocar as estrelas...Quero ver o sol.
Se na noite que some, me consome e no dia padeço
Nunca é tarde para um corpo perdido, que nunca encontra abrigo
Na calçada sozinho estou estirado para que nunca amanheço...
É a vida no fim, a história acabou, o amigo esqueceu
É um homem desconhecido que nunca encontrou seu apogeu...
É a lágrima, o tributável, o inevitável...
É a dor, o terror, o deplorável...
È ninguém mais... SOU EUUUUUU!!!!!
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UMA POUCO DO DIA DE HOJE
Em mim construi o meu próprio algoz, o meu próprio destino. Talvez não exista ajuda e, diante disso, não sei mais o que fazer!
Queria tanto que eu tornasse-me criança novamente, que eu nunca tivesse crescido. Crescer foi como se alguém tivesse destruído em mim todo um sorriso, todo um desejo que transformou-se em sangue venenoso que desce sobre o meu corpo aberto em chagas.
As coisas me parecem tão imundas que nem se quer sei chorar. Sufoco em mim o sentimento mais profundo com medo das pessoas. Lutando contra tudo isso venho querendo encarar os fatos; tento, mas é só de vez em quando. E isso dói, fere mais que se eu pegasse um revólver e colocasse em minha cabeça, e ali apertasse o gatilho, mesmo sabendo que o meu tempo seria escasso.
Acho que o que quero não é pedir demais: só um pouco de paz, de autonomia para sonhar, sorrir e chorar quando quiser. E quando me ver só, poder seguir o meu mundo sem medo das pessoas, sem medo de um dia não ter tido uma família...
Gostaria de agora ter alguém com quem eu pudesse conversar e soltar toda essa tristeza que sinto, ter um ombro amigo para chorar e desabafar-me.
É, infelizmente, penso que meu lugar não é aqui, e não sei se um dia qualquer cuspido no futuro poderei me encontrar; achar novamente aquele garoto que tanto brigou com o mundo e nada pode fazer para ele melhorar. Um garoto de fantástica imaginação, sem problemas e sem precisar escrever para conter suas lágrimas, para isolar o seu "eu", os seus delitos, para um dia poder gritar: "- Eu quero apenas viver os sonhos..." ou então morrer falando baixinho: "- Deus, Deus, somos todos ateus !"
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Os pensamentos são livres
Os pensamentos são livres!
Quem pode adivinhá-los?
Eles passam voando
Como sombras da noite.
Ninguém pode sabê-los,
Ninguém pode atingí-los,Não há como mudar:
Os pensamentos são livres!
Eu penso o que eu quero,
E tudo o que me agrada,
Mas tudo em silêncio
Sem chamar a atenção.
Meu desejo e meu anseio
Ninguém pode impedir.
Não há como mudar:
Os pensamentos são livres!
E se eu for aprisionado
No mais sinistro calabouço,
Tudo isto será obra
Inútil e também vã;
Pois os meus pensamentos
Partem os grilhões
E os muros em dois:
Os pensamentos são livres!
Por isto para sempre
Deixarei de lado preocupações
Deixarei de lado para sempre
Os meus temores
Pois no coração sempre
Será possível rir e ser alegre
E ao mesmo tempo pensar:
Os pensamentos são livres.
Karl Marx.
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Auto-Retrato
Hesito em falar daquele que aparento ser, pois seria necessário descobrir quem realmente sou. Em um mundo de grandes limitações não me vejo interiorizado nos ventos que sopram para o norte, nem tampouco nos barcos velejantes que se destinam ao sul. De toda teoria prosto-me a contestação, ao imenso oceano do desconhecido que atravessa todas as objeções e exceções à regra. Recrio atitudes e palavras e nas mesmas criações desprezo o comum, o tributável, o cotidiano. Apresento-me em contradições, todavia se julgo necessário deleito no exato e me disperso no concreto. Não nasci para brilhar, afinal não sou purpurina, nem letreiro de motel e muito menos outdoor de anúncio de refrigerantes. Nasci para ser quem sou: homem, insano, profano, mistério, sutil, hostil, feliz, triste, utópico, amante, eremita dos dias meus. Nasci do sonho. Após eu, não haverá mais ninguém. Mas, é nosso destino...Sempre pergunto-me se alguém estará por perto se a chuva cair ao saber que um simples sonho não será mantido. Nenhuma chuva poderia chorar como eu chorei. Eu sou uma criança tão longe de casa.
Um a um, os céus desabam, eu posso não acordar. A história está tecida. As sortes estão ditas, a verdade é medida pelo peso do seu ouro. A mágica se dispersa sobre tapetes no chão e a fé é contemplada no som do mercado à noite.
Alguns dizem que uso máscaras...Você não gostaria da minha máscara? Não gostaria do meu espelho? Nem sempre gostamos de espelhos....Eles refletem a realidade, refletem a alma que muitas vezes esta obscura, atônita pelo preço da verdade. Serei algo disperso daquilo que me consome, dos amores que tive e das tristezas que levei. Amores??? Quão grande significado. Amar parece algo tão simples, quando na verdade se esconde atrás de tristes dias ou mesmo em demagogias essenciais a existência, como o próprio conceito de felicidade. Seria amar algo inerente ao homem? O que reluto é na rivalidade deste com a própria consciência. Uma consciência túrgida devastada pelo egoísmo, pela frustração do comum, do social. Abatida pelo próprio acaso, pela harmonia entre o desejo e o real, mas que é a causa do mal do século, a solidão. Sou parte disso e não posso negar o que me consome, o que me envaidece. Sou o que sou e não o que desejo, o que quero. Por muito tempo fui sonho, hoje sou real e cabe a você encontrar as respostas. Faça as perguntas. Deixe-me dançar, deixe-me cantar. Eu cavalgarei até a lua encontrar o mar.
"Alan Baloni"
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Seja Bem Vindo!!!!
Seja bem vindo ao meu mundo particular. Sonhos e pesadelos se confundem em
meu leito que agora pairam entre meus medos...